Duas pesquisas analisaram a Conjuntura Econômica sob o ponto de vista do Consumidor de Teresina, em fevereiro de 2010. Índice do Consumo das Famílias –ICF e Pesquisa de Endividamento e Inadimplência das Famílias – PEIC. A primeira revelou que a situação do Consumidor está ótima neste mês e a segunda mostrou que as dívidas estão controladas.
Na realidade este trabalho científico serve principalmente para os Empresários do Comércio planejarem melhor o futuro dos seus negócios. Nunca ninguém havia consultado o consumidor desta forma. Sem ele não há negócios.
As tabelas e gráficos encontram-se disponíveis no site www.fecomercio-pi.org.br. Não esquecer estas são as segundas, porque as primeiras foram publicadas em janeiro
O grau de satisfação do Consumidor com o seu emprego atual,em fevereiro, na comparação com o mês anterior caiu de 139,4 pontos para 135,4 numa escala que vai de zero a 200 pontos (acima de 100 pontos até 200 é bom e para menor de 100 ruim). E na relação com o mesmo período do ano anterior 46,4% acham-se mais seguros e apenas 11,0% acreditam no pior.
Na perspectiva profissional para o futuro, nos próximos 6 meses, 71,8% acreditam serem boas e apenas 15% que não terão melhoria profissional.Em fevereiro atingiu 156,8 pontos frente a 152,3 em janeiro, subindo 2,9%.
A renda atual que se posicionou em 55,4% no mês em análise está melhor do que no mesmo período do ano anterior, no entanto, comparando-se com o mês de janeiro deste ano houve queda de 3,8%.
Com relação a crédito para comprar a prazo, 71,2% responderam que o crédito está mais fácil neste mês do que a fevereiro de 2009, tanto para os que tem renda até 10 salários mínimos quanto para os que ultrapassam este valor. Subiu 5,1 na tabela dos pontos.
O momento mais importante da pesquisa é quando a pergunta refere-se ao consumo atual e a perspectiva para o futuro. 34,4% do total responderam que o consumo atual foi superior ao do mesmo período do ano anterior, 26,0% menor e 39,0% igual. No entanto, 61,8% dos que faturam mais de 10 salários mínimos estão atualmente comprando mais do que no ano passado, no mesmo período. Já para o futuro as perspectivas são ótimas até para quem ganha menos que atingiu 66,4%.
Tanto janeiro como fevereiro deste ano,segundo opinião dos consumidores de Teresina,foram ótimos meses para se comprar eletrodomésticos, TV, som etc.Em fevereiro, melhor ainda, porque a tabela de pontos foi mais favorável, alcançando os 159 ante 145,6 do mês anterior.
As informações mostradas na pesquisa sobre “Dados Conjunturais do Comércio”também realizada, mensalmente, pela Fecomércio mostram que estes resultados são compatíveis O índice do volume de vendas do Comércio Varejista do Piauí, apurado pelo IBGE e elaborado pelo Instituto Fecomercio de Pesquisa e Desenvolvimento vem apresentando, nos últimos meses, excelentes resultados.
PEIC, Fevereiro 2010
Numa amostra mínima de 500 pessoas com mais de 18 anos de idade, entrevistadas em Teresina, no mês de fevereiro de 2010 apontou que 75% da população da capital tem algum tipo de dívidas, sendo 43% delas em atraso, mas apenas 15% não tem condições de honrar neste mês. Quando comparado com o mês anterior, constatou-se uma queda de 14,66%, pois o índice de devedores era de 86%. Mas os débitos em atraso aumentaram dos 40% para 43%.
Na categoria dos endividados 15,8% consideram-se muito endividados,principalmente os de faturamento superior a 10 salários mínimos, enquanto que 29,4% encontram-se com poucas dívidas. Com relação os tipos de dívidas, algumas aumentaram de janeiro para fevereiro. O cartão de crédito continuou sendo campeão com 74%,superando janeiro que foi de 67,4%.Em segundo lugar vem os carnês de lojas com 33% que também cresceu frente a janeiro que não havia ultrapassado os 25,8%. Houve crescimento também no débito com financiamento de carros que passou de 12,5% em janeiro para 15,% em fevereiro.
Os teresinenses estão quitando as suas dívidas mais com os cheques especiais, cujo índice caiu de 4,8% para 3,5% de janeiro para fevereiro, pré datado de 4,3% para 2,4%, crédito consignado de 8,3% para 6,7%, e crédito pessoal de 8% para 5,7%.
Na realidade existe uma razão direta entre os clientes do cheque especial e os financiamentos de carros com faixa de renda. Os de maior poder aquisitivo estão devendo 29,6% do cheque especial, enquanto que os que faturam menos de 10 salários mínimos, apenas 1,5%. A proporção dos financiamentos de carro é de 51,9% para 12,5%.
O comprometimento dos salários com os débitos se comportaram da seguinte forma. Até 10% comprometem 10,2% de suas rendas com débitos e acima de 50% dos entrevistados disseram que 40,4% dos seus salários estão vinculados aos débitos a curto prazo.