Comércio começa 2010 com mais empregos e otimismo

maio 14th, 2010

O nível de emprego no comércio paulistano começa 2010 com crescimento de 5,5% em comparação com janeiro de 2009, um saldo de 45,25 mil novas ocupações em relação ao ano anterior, elevando para 873.139 o contingente de trabalhadores com empregos formais. Em relação a dezembro do ano passado, houve relativa estabilização, com variação de -0,1%, equivalendo ao corte de 948 vagas no setor.

Com base nos dados primários do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho, a Fecomercio observa que, embora o setor de comércio tenha registrado leve queda no número de empregados formais na comparação de janeiro de 2010 com dezembro do ano anterior, esta redução foi bem inferior à registrada na mesma base comparativa de 2009, quando o comércio varejista perdeu 5.643 ocupações.

“Os dados do nível de emprego no primeiro mês do ano indicam que as empresas varejistas continuam otimistas quanto ao rumo de seus negócios em 2010”, análisa Flávio Leite, estatístico da Fecomercio. “A queda relativamente pequena no número de emprego em janeiro é atribuída à sazonalidade do setor”, adiciona, referindo-se ao período posterior às festividades de fim de ano.

Leite sustenta que a manutenção do cenário positivo está baseada em indicadores socioeconômicos como facilidade para obtenção de crédito, alongamento de prazos de financiamento, aumento da massa salarial, bem como taxas de juros menos onerosas. Além disso, no transcorrer de 2010, o indicador de emprego deve manter-se em trajetória crescente, considerando-se variáveis de mercado que estimulam investimentos no setor, caso da Copa do Mundo.

Lojas de Departamentos, Autopeças de Acessórios e Materiais de Construção foram os segmentos que registraram os maiores incrementos em janeiro com 199, 344 e 781 respectivamente. A taxa de admitidos em janeiro atingiu 3,5%. Lojas de Departamento foi o ramo de atividade que obteve a maior taxa de admissão (9,5%), seguido por Materiais de Construção (5,6%).

O segmento que registrou a maior diminuição no volume de mão-de-obra em janeiro foi o de Lojas de Vestuário, Tecidos e Calçados, com redução de 3.067 vagas. A queda deve-se a efeito sazonal, já que o setor é o que mais emprega no final do ano por conta do período festivo. A taxa de demissão ficou em 3,6%, também influenciada pelos setores de Lojas de Departamentos (8,7%), Vestuário, Tecidos e Calçados (6,8%) e Materiais de Construção (4,7%). Com esse resultado, a rotatividade no comércio geral ficou em 3,5%.

Salários
Os salários médios nominais do comércio varejista ficaram na casa de R$ 1.371, estáveis em comparação ao mês anterior e superiores ao novo salário mínino pago no Estado de São Paulo, de R$ 560. As atividades que registraram os maiores salários foram: Lojas de Departamentos (R$ 2.378), Lojas de Eletrodomésticos e Eletroeletrônicos (R$ 1.869), Concessionárias de Veículos (R$ 1.750) e Autopeças e Acessórios (R$ 1.445). A menor média salarial encontra-se no setor de Supermercados (Alimentos e Bebidas): R$ 1.163.

Sobre a Fecomercio
A Fecomercio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo) é a principal entidade sindical paulista dos setores de comércio e serviços. Representa empresas e congrega 153 sindicatos patronais, que abrangem mais de 600 mil companhias que respondem por 11% do PIB paulista – cerca de 4% do PIB brasileiro – gerando em torno de cinco milhões de empregos.

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