está todo mundo careca de saber que o Brasil é, entre os países do mundo civilizado, aquele que tem o maior número de taxas e impostos a pagar. Se você ainda tinha dúvidas disso, eis aqui a prova de quanto você trabalha para pagar os impostos que inventam.
Dos 10 países onde mais se trabalhou em um ano para pagar impostos em 2012, o Brasil é recordista com 2.600 horas. Isto é, mais que o dobro do segundo colocado, que também é latino-americano: na Bolívia form 1.080 horas trabalhadas. No Vietnã, 941 horas. Na Nigéria, 938 horas. Na Venezuela, 864 horas. Na Ucrânia, 657 horas. Por aí se vê que, segura o Brasil.
No outro lado da moeda, eis os 10 países onde menos se trabalhou em um ano para pagar impostos, também em 2012. Nas Malvinas, incrível zero hora. Nos Emirados Árabes Unidos, apenas 12 horas. No Bahrein, 36 horas. No Qatar, 36 horas. Nas Bahamas, 58 horas. Em Luxemburgo, 59 apenas. Em apenas. Em Omã, 62 horas. Na Suiça, 63 horas. Na Irlanda, 76 horas Nas ilhas Seichelles – aquele paraiso onde Sylvia Kristel desnudou-se no emporgante Emanuelle – 76 horas.
Impostos escorchentes
Agora o de dar raiva mesmo é saber quanto se paga de impostos sobre o preço final de determinados produtos. É simplesmente escorchante, vejam lá: Conta de água, 29,83%. Medicamentos, 36. Passagens aéreas e transporte aéreo de cargas, 8,65% Os passageiros do transporte rodoviário interestadual pagam 16,65 de impostos – se for cargas, 21,65. Os transportes metropolitanos pagam pagam 22,98%. Uma simples e inocente vassouras leva 26,25% de impostos. Mesa, cadeira e armário de madeira levam 30,57%.Já o sofá de madeira ou plástico, uma bicicleta e um tapete consomem 34,50. Uma motocicleta de até 125cc, 44,40% Na conta de luz está embutido imposto de 45,81 de imposto. E na conta de telefone, a taxa é um pouquinho maior: 47,87%.
Cada vez que você passa num posto de gasolina para abastecer o carro, deixa 57,03%. Pior, muito pior, é a tragada do cigarro: 81,68% vão para o governo. Os alimentos básicos também não fogem dos impostos e taxas: a carne bovina paga 18,63% e o frango, 17,91%. O peixe, 18,02%. O arroz, 18% e o trigo 34,47%, o mesmo da farinha. O óleo de soja consome 37,18%. O acúcar, 40,40%, mas o feijão é um pouquinho menos, “só” 18%. O leite, 33,63%. e o café 36,52%. O macarrão, 35,20%. A margarina, 37,18% e o molho de tomate, 36,66%. O milho verde consome 37,37% e o biscoito, 38,50%. O chocolate deixa 32% do seu preço final para o governo e o achocolatado, 37,84%. O governo não faz nada para levar um ovo à feira, mas consome, 21,79% de imposto. O álcool leva 43,28%.
Entre os detergentes o campeão é a esponja de aço, que nos leva 44,35%. nos produtos básicos de higiene, o desodorante, com 47,25% só não é o campeão porque o xampu tem uma taxa maior: 52,35%. No grupo de material escolar, uma simples caneta leva 48,69%. sobre o livro, a incidência é bem menor, apenas 13,18. Em termos de impostos, nada supera a cachaça, em torno de 83,07%. nem a cerveja, que leva apenas 56.
Além disso, você ainda paga entre 15 e 27,5% do imposto de renda sobre o salário que você ganha, mais IPTU, IPTU, INSS, FGTS, plano de saúde, o colégio dos meninos, etc, etc, etc. Viver, portanto, é, pelo menos no Brasil, pagar impostos.
Ivan Valença – Fecomércio SE