Destaque
abril 1st, 2025

O governador Rafael Fonteles deu início, nesta segunda-feira (31), aos programas CNH Social e Motociclista Seguro, em cerimônia realizada no Palácio de Karnak, às 12h. A ação, promovida pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran), Secretaria de Educação (Seduc) e Secretaria de Planejamento (Seplan), tem o objetivo de aumentar a segurança no trânsito do Piauí, por meio da oferta de 10 mil CNHs e 10 mil capacetes gratuitos para alunos da rede estadual de ensino que moram em municípios integrados ao Sistema Nacional de Trânsito.

A iniciativa visa combater a alta taxa de acidentes de trânsito no estado e prevê a distribuição de até 60 mil CNHs gratuitas até 2030, além de quadruplicar o número de municípios com trânsito municipalizado. Os motociclistas, que são responsáveis por uma grande parcela das vítimas fatais no trânsito, são o público principal do programa.

Luana Barradas, diretora-geral do Detran, destacou a importância da ação no âmbito do Pacto de Enfrentamento à Mortalidade no Trânsito Piauiense, lançado pelo governador em 2023. “O programa irá atender 10 mil pessoas anualmente, além de promover ações educativas que têm o objetivo de transformar a cultura do trânsito no Piauí”, explicou Barradas.

O secretário de Educação, Washington Bandeira, também falou sobre os benefícios sociais do programa. “Ao oferecer a CNH Social, o governo estadual está proporcionando a muitos jovens e adultos a oportunidade de adquirir a habilitação, o que contribui diretamente para a inclusão social e a melhoria das condições de trânsito no estado”, ressaltou.

Quem pode participar?

Podem se inscrever no programa alunos do Ensino Médio da Rede Estadual e da Educação de Jovens e Adultos (EJA), desde que atendam aos requisitos estabelecidos. Para obter a CNH gratuita, na categoria A (para motociclistas), os interessados devem ter, no mínimo, 18 anos, estar matriculados na rede pública estadual e residir em municípios que integram o Sistema Nacional de Trânsito. Também será necessário participar de cursos de capacitação oferecidos pela Seduc e pelo Detran.

De acordo com dados recentes, a falta de habilitação é um dos principais fatores responsáveis pelos acidentes envolvendo motociclistas no Piauí. Nos três primeiros meses de 2025, o estado registrou 178 mortes no trânsito, sendo 121 delas envolvendo motociclistas, e quase 72% dessas vítimas não possuíam CNH.

Com a implementação dos programas, o governo estadual busca não apenas qualificar os motoristas, mas também garantir mais segurança nas vias e reduzir o número de acidentes. Além disso, os motociclistas que forem beneficiados receberão capacetes gratuitos, aumentando ainda mais a segurança.

A expectativa do governo é que, com essas iniciativas, o trânsito no Piauí se torne mais seguro, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida da população e a redução das vítimas fatais no trânsito.

Por Lívia Pessoa

31/03/2025 16h48

Foto: Gabriel Paulino

Arquivado em: Sem categoria

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Piauienses têm a oportunidade de 'limpar o nome' com facilidade até o próximo dia 31 de março. | Joédson Alves/Agência BrasilPiauienses têm a oportunidade de ‘limpar o nome’ com facilidade até o próximo dia 31 de março. | Foto: Joédson Alves/Agência Brasil
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Desde o início do Feirão Serasa Limpa Nome, em 17 de fevereiro, o Piauí contabiliza 67.661 acordos de renegociação de dívidas, alcançando mais de 37 mil consumidores. O montante dos descontos concedidos ultrapassa R$ 197 milhões, distribuídos em mais de 4,8 milhões de ofertas no estado.

Atendimento telefônico cresce em adesão

A central de atendimento do Feirão, pelo número 0800 591 5161, tem sido uma das opções mais buscadas pelos consumidores. Em todo o país, o serviço registrou um crescimento de 5,8% na demanda em relação ao mesmo período do ano passado, refletindo a preferência por um canal ágil e acessível.

Alta nacional nas renegociações

Os acordos realizados em nível nacional apresentaram um aumento significativo de 34,6% em comparação a 2024. A especialista da Serasa, Patricia Camillo, explica o fenômeno:

O cenário econômico atual, com juros elevados, tem incentivado as pessoas a buscarem rapidamente alternativas para solucionar suas dívidas.

Prazo para renegociação segue até 31 de março

Os consumidores interessados em regularizar seus débitos podem aproveitar as condições especiais até 31 de março. As negociações podem ser feitas por meio do site e aplicativo da Serasa, além das agências dos Correios.

24 março 2025

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26 de Fevereiro de 2025 às 06:05

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facebook sharing button
twitter sharing buttonSetenta anos de trajetória representam muito mais do que a passagem do tempo; são a consolidação de um legado baseado em trabalho, confiança e compromisso. A história da Pintos se entrelaça com a do Piauí, ao mesmo tempo em que impulsiona o desenvolvimento do estado. Mais do que um grupo empresarial, a Pintos é um patrimônio piauiense, fruto da visão empreendedora de um imigrante português que encontrou no Brasil, e especialmente no Piauí, um solo fértil para construir seu futuro e uma jornada de sucesso.

A origem dessa trajetória remonta a Agostinho Pinto, um jovem português que, inspirado pelo livro “Brasil, País do Futuro”, do austríaco Stefan Zweig, decidiu atravessar o oceano em busca de novas oportunidades. Em 1947, aos 23 anos, chegou ao Brasil e percorreu o país como caixeiro viajante até se encantar com o Piauí. Apaixonado pela região e sua gente, decidiu se estabelecer em Teresina, onde, em 1955, fundou uma pequena loja de armarinhos com apenas 36 metros quadrados: a Casa das Rendas. Pouco depois, seu primo Delfim Pinto uniu-se ao negócio, iniciando uma parceria que se tornaria um marco no varejo local.

Foto: Arquivo PessoalAgostinho Pinto

Agostinho Pinto

Ao longo dessas sete décadas, a Pintos evoluiu e se consolidou como um dos maiores grupos empresariais do Piauí, contando com oito lojas e uma equipe de 800 colaboradores. Sua contribuição para a economia local é significativa, tanto na geração de empregos quanto na arrecadação de impostos, refletindo seu impacto social e sua relevância para o estado.

É impossível conceber um estado próspero sem a presença de empresas. O setor público, sozinho, não teria capacidade de absorver toda a demanda por empregos, garantir salários e sustentar benefícios sociais. Sem empresas, a economia enfrentaria um cenário sombrio, repleto de desafios e incertezas. Por isso, é fundamental que os empreendedores reconheçam seu papel no crescimento econômico e social, compreendendo que sua atuação vai além da geração de lucro: ela impulsiona o desenvolvimento da sociedade como um todo.

A Pintos exemplifica esse valor empresarial. Sua trajetória é marcada por uma gestão sólida, resiliência e capacidade de adaptação às transformações do mercado. No contexto de uma empresa familiar, esses desafios se tornam ainda mais complexos, exigindo uma administração pautada em ética, respeito e compromisso com a comunidade. Esse conjunto de valores permitiu que a empresa superasse crises econômicas, revoluções tecnológicas e mudanças no comportamento do consumidor, mantendo-se firme em sua essência.

Mais do que fazer parte do cotidiano dos piauienses, a Pintos contribui ativamente para o desenvolvimento social e econômico do estado. Cada desafio superado e cada conquista alcançada ao longo desses 70 anos representam a força de um empreendimento que continua a inovar, modernizar-se e buscar a excelência.

40graus

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26 fevereiro 2025

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10 de Fevereiro de 2025 às 09:16

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O governador Rafael Fonteles sancionou a criação da Faculdade Estadual Piauí Instituto de Tecnologia (PIT), que se integrará ao sistema de ensino estadual. O novo instituto será uma subsidiária da Investe Piauí, a Agência de Atração de Investimentos Estratégicos do Piauí. A autorização foi publicada no Diário Oficial do Estado.

A Faculdade PIT terá como missão promover o ensino, a pesquisa e a extensão, com ênfase nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática. O foco será em inovação tecnológica, empreendedorismo e impacto social. A instituição oferecerá cursos de graduação, pós-graduação, técnicos e tecnológicos, além de programas de curta duração e formação profissional, com ênfase em pesquisa, desenvolvimento e inovação.

Foto: ReproduçãoRafael Fonteles

Rafael Fonteles

O objetivo principal do PIT é criar e fortalecer um ecossistema de inovação, conectando empresas, startups, instituições acadêmicas e organizações públicas e privadas. O funcionamento da faculdade, no entanto, depende da aprovação do requerimento de credenciamento pelo Conselho Estadual de Educação.

Inspirada no modelo do Massachusetts Institute of Technology (MIT), a Faculdade PIT busca fomentar a inovação e o empreendedorismo, por meio de parcerias e intercâmbio com o MIT. Ambas as instituições compartilham metodologias de ensino, pesquisa e têm como missão causar impactos sociais e econômicos positivos, por meio de colaboração contínua entre a academia e o mercado.

Fonte: Revista 40 Graus

11 fevereiro 2025

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Por Redação g1

07/02/2025 13h31  Atualizado há 32 minutos

falso pix — Foto: Bruno Peres/Agência Brasil

falso pix — Foto: Bruno Peres/Agência Brasil

Clientes de diferentes instituições financeiras relatam nas redes sociais problemas para realizar pagamentos por Pix no início da tarde desta sexta-feira (7).

Até o momento, o g1 encontrou relatos de instabilidade com o Pix nos aplicativos do BradescoItaú, Mercado Pago, Nubank, PicPay e Santander.

O site Downdetector, que monitora queixas de instabilidade em aplicativos, registrou um pico de reclamações sobre o Pix às 13h, com cerca de 1.500 relatos do serviço fora do ar no período.

O g1 perguntou ao Banco Central do Brasil (BC) se os problemas no sistema do Pix é generalizado entre as instituições do país, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.

7 fevereiro 2025

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Medianas do relatório Focus para cotação do dólar no longo prazo continuam subindo e se aproximando da linha de R$ 6,00

Luciana Xavier, do Estadão Conteúdo

Segundo o Ministério da Fazenda, a medida ajuda a evitar que essas empresas paguem menos impostos ao mudarem seus lucros para lugares com taxas menoresjuros Segundo o Ministério da Fazenda, a medida ajuda a evitar que essas empresas paguem menos impostos ao mudarem seus lucros para lugares com taxas menoresjuros • Reprodução/Freepik

Os juros futuros avançam na manhã desta segunda-feira (20) em sintonia com o dólar e após o Boletim Focus mostrar piora nas expectativas de inflação em 12 meses, para 2025 e 2026.

Além disso, as medianas do relatório Focus para a cotação do dólar no longo prazo continuam subindo e se aproximando da linha de R$ 6,00.

Leia Mais

O mercado está em compasso de espera pela posse de Donald Trump como presidente dos EUA. A liquidez tende a se manter reduzida em dia sem mercado de Treasuries por causa de feriado de Martin Luther King Jr.

Às 9h40, a taxa de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2026 subia para 15,035%, de 14,975% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2027 subia para 15,325%, de 15,233%, e o para janeiro de 2029 ia para 15,255%, de 15,170% no ajuste de sexta-feira (17).

20 janeiro 2025

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Logo do Carrefour • 21/02/2022REUTERS/Eric Gaillard

O CEO de qualquer grande multinacional sabe ler tabelas. Alexandre Bompard é um deles. Formado na prestigiosa L’École nationale d’administration (ENA), o CEO do Carrefour anunciou que vai interromper a compra de carne do Mercosul. Ele sabe que isso não quer dizer nada. É como se o Brasil anunciasse a imediata suspensão da importação de rapadura da França.

O Brasil é um grande vendedor de carne para o mundo. E isso já virou uma marca do país pelo mundo – para o bem ou para o mal. No ano passado, passaram pelos portos brasileiros US$ 22 bilhões em carne bovina, suína de aves. Os números do Brasil constam do Comex Stat, do Ministério do Desenvolvimento.

O valor já supera as exportações somadas de dois dos principais símbolos da França: vinho e perfume.

    Em 2022, a França exportou o equivalente a US$ 13,1 bilhões em vinhos para o mundo e outros US$ 7,2 bilhões em perfumes. Portanto, juntos, os dois itens somaram US$ 20,3 bilhões – menos que as proteínas brasileiras.

    Os dados franceses são do Observatório de Complexidade Econômica (OEC), projeto que nasceu no Massachusetts Institute of Technology (MIT).

    Portanto, a carne é um item importantíssimo para a pauta exportadora do Brasil. Bompard sabe disso. Mas ele também sabe quem são os compradores dos bifes do Mercosul – e os franceses não estão lá.

    O principal tipo de carne comprada pelos franceses do Brasil são as peças bovinas congeladas. Nessa lista, a França ocupa um modesto 74º lugar no ranking dos maiores compradores do país. Com US$ 678 mil em 2023, a França é um cliente menor que as Ilhas Marshal, na Micronésia.

    De tudo o que o Brasil vende para a França, a carne representa apenas 0,04% do total exportado. Bompard sabe que isso é nada.

    Quando a comparação é feita apenas no grupo carne da pauta de exportações, a França é ainda mais irrelevante. Dos US$ 22 bilhões vendidos no ano passado, os embarques aos franceses representaram exatamente 0,005% de todo o montante.

    Bompard também sabe disso.

    Será que a varejista francesa que tem o Brasil como segundo mercado no mundo – atrás apenas da sede – também vai anunciar que não venderá mais soja e derivados brasileiros? Ou o café exportado pelos produtores do Brasil?

    Bompard vai fazer contas, e aposto que não.

    21 novembro 2024

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    Copo de cerveja sendo servido — Foto: Divulgação

    O Piauí terá “Lei Seca” durante o primeiro turno das Eleições 2024, no domingo (6). A portaria, da Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP-PI), que regulamenta a proibição da venda e consumo de bebidas alcoólicas durante o período do pleito, foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE), no dia 27 de setembro.

    A medida visa garantir a ordem e a tranquilidade durante o pleito. Inicialmente, a proibição iniciaria das 18h do sábado (5) às 18h do domingo (6) em todo o estado. Contudo, TeresinaParnaíba terão horário diferenciado, sendo proibidas as vendas das 00h às 18h do domingo.

    modificação foi publicada no DOE de quarta-feira (2). Nos demais 222 municípios piauienses a proibição de bares, restaurantes, supermercados, mercearias e estabelecimentos similares, bem como em locais públicos, venderem bebidas alcoólicas continua das 18h do sábado (5) às 18h do domingo.

    Quem desrespeitar a proibição poderá responder pelo crime de desobediência, conforme o art. 347 do Código Eleitoral Brasileiro. A portaria também alerta que promover desordem que prejudique o processo eleitoral constitui crime, conforme o art. 296 do Código Eleitoral.

    A Polícia Militar do Piauí (PMPI) reforçou a segurança em todo o estado e informou que a fiscalização ao cumprimento da Lei Seca será intensificada. Cerca de 6.500 policiais militares foram mobilizados, além dos cerca de 3 mil militares do Exército que farão reforço em 172 municípios piauienses.

    A proibição da venda de bebida alcoólica levou em consideração a necessidade de adoção de ações estratégicas e de medidas preventivas visando prevenir e reprimir atos de violência e criminalidade que possam afetar o pleito eleitoral.

    A medida considerou que o consumo de álcool comumente acarreta transtornos e compromete a boa ordem dos trabalhos eleitorais e o exercício democrático do voto.

    Além disso, observou-se que a proibição do consumo de bebidas alcoólicas, em períodos eleitorais anteriores, mostrou-se eficaz para a garantia da ordem pública, principalmente, nos locais de votação.

    4 outubro 2024

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    https://www.confere.org.br/inscricoes_eventos.php

    5 setembro 2024

    Notícias

    Hidrovia Tietê-Paraná em Buritama (SP) — Foto: Reprodução / TV TEM

    Leilões serão realizados a partir de 2025. Governo projeta gastos de R$ 590 milhões para concessão no rio Madeira e R$ 295 milhões para o rio Tocantins.

    Por Lais Carregosa, g1 — Brasília

    21/08/2024 02h00  Atualizado há 7 horas

    O governo planeja fazer os primeiros leilões de hidrovias do país a partir de 2025. Algumas dessas concessões devem ser “patrocinadas”, ou seja, o governo vai colocar recursos para viabilizar as disputas.

    Considerada a “última fronteira de investimento em infraestrutura do Brasil”, as hidrovias são uma modalidade de transporte de cargas e passageiros por trechos navegáveis de rios e lagos que, em alguns casos, podem ser mais vantajosas economicamente que as rodovias.

    Hidrovia Tietê-Paraná em Buritama (SP) — Foto: Reprodução / TV TEM

    O dinheiro para “patrocinar” as concessões deve vir de fundos criados na lei de privatização da Eletrobras, voltados para a navegabilidade dos rios Madeira e Tocantins, com depósitos por um período de 10 anos.

    Os recursos somam R$ 590 milhões para a hidrovia do rio Madeira, que será a primeira a ser leiloada, e R$ 295 milhões para a do Tocantins – em estudo pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

    Tarifas para usuários

    De acordo com o secretário de Hidrovias e Transportes Aquaviários do Ministério de Portos e Aeroportos, Dino Antunes, as concessões serão patrocinadas no sentido de que uma parte da remuneração do investimento será pública.

    Contudo, para Antunes, os recursos da Eletrobras usados para remunerar a concessão têm natureza privada, o que assegura a continuidade dos depósitos do governo durante o período do contrato com a empresa que arrematar a hidrovia.

    Secretário de Hidrovias e Transportes Aquaviários, Dino Antunes — Foto: Eduardo Oliveira/MPOR

    Secretário de Hidrovias e Transportes Aquaviários, Dino Antunes — Foto: Eduardo Oliveira/MPOR

    “Quando trazemos esse dinheiro da Eletrobras, conseguimos não entrar nessa armadilha [incerteza sobre o aporte público]. Por quê? Porque esse dinheiro já está em lei. É a lei da Eletrobras que coloca esse recurso que é necessário, que tem que ser utilizado para a navegação”, declarou em entrevista ao g1.

    O objetivo do ministério é que a utilização dos fundos reduza as tarifas para os usuários que vão transportar cargas pelas hidrovias. Barcos menores, de transporte de passageiros, por exemplo, não devem ser cobrados.

    O mais avançado dos projetos é o do rio Madeira – no trecho entre Porto Velho (RO) e a foz do rio, que deságua no Amazonas.

    Segundo o secretário, a concessão da hidrovia para a iniciativa privada está sendo estruturada para um período de 12 anos, levando em consideração o tempo de duração do fundo da Eletrobras.

    “A gente vai ter um novo patamar de demanda, um novo patamar de serviço sendo prestado, o que a gente chama de ter uma hidrovia e não uma via navegável. E quando isso acontecer aí vamos chegar ao final da primeira concessão e a gente estrutura as próximas pernas”, declarou.

    Porto no rio Madeira, em Porto Velho — Foto: Divulgação/Amaggi

    Porto no rio Madeira, em Porto Velho — Foto: Divulgação/Amaggi

    Cronograma

    São seis as concessões hidroviárias prioritárias para o governo. A primeira delas é a do rio Madeira, que deve servir de modelo para as demais.

    Veja o cronograma:

    • Rio Madeira, em Rondônia e Amazonas, em 2025
    • Rio Paraguai, no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, em 2025
    • Lagoa Mirim e Lagoa dos Patos (hidrovia Uruguai-Brasil), no Rio Grande do Sul, em 2025
    • Barra Norte, no Amapá, em 2026
    • Tapajós, no Pará, em 2026
    • Tocantins, no Pará e Tocantins, em 2026

    “Com as concessões será possível melhorar o escoamento da produção de grãos e aumentar a qualidade do transporte de passageiros. Para o projeto do Rio Madeira, a expectativa é que o transporte de cargas dobre em 16 anos”, disse ao g1 a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).

    Outros recursos

    O Ministério de Portos e Aeroportos também estuda outros recursos para “patrocinar” as hidrovias, já que só Madeira e Tocantins contam com os fundos da Eletrobras.

    De acordo com Antunes, não são todas as vias navegáveis que vão precisar de recursos públicos. Ele cita Lagoa Mirim e Barra Norte como exemplos de concessões que podem se sustentar apenas com dinheiro privado.

    “Se a gente conseguir fazer uma concessão que o custo logístico seja menor do que ela tenha atualmente, mesmo sem colocar dinheiro público, fechou, não preciso colocar dinheiro público”, declarou.

    O governo também trabalha com a possibilidade de usar o Fundo da Marinha Mercante – autorizado para financiar a infraestrutura aquaviária pela lei da BR do Mar.

    03:07/03:43

    Privatização da Hidrovia do Madeira

    O fundo, no entanto, tem uma natureza diferente dos recursos da Eletrobras. Ele é usado para financiar projetos, com pagamento pelas empresas.

    “Para o concessionário pode ser um elemento interessante fazer, acessar o fundo da Marinha Mercante para os seus financiamentos”, afirmou o secretário.

    Obras do DNIT

    As concessões de Lagoa Mirim e do Tocantins, por exemplo, vão precisar de obras executadas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) antes da cessão às empresas.

    No caso da Lagoa Mirim, as obras vão ser realizadas para restaurar a navegação por causa das fortes chuvas no Rio Grande do Sul em abril e maio, que levaram ao acúmulo de sedimentos.

    Já para a concessão da hidrovia do Tocantins, no Pará, será necessário o chamado derrocamento do Pedral do Lourenço para permitir a navegação na via. A retirada da pedra, que tem 43 quilômetros de extensão, deve custar cerca de R$ 1 bilhão.

    “O Pedral do Lourenço é fundamental para viabilizar a concessão, seja feito pelo DNIT ou, se inviável, que seja colocado para dentro da concessão. Mas hoje o plano A é fazer com o DNIT”, afirmou no último mês o diretor-geral da Antaq, Eduardo Nery.

    Derrocagem do Pedral do Lourenço preocupa ambietalistas no Pará — Foto: TV Liberal Reprodução

    Derrocagem do Pedral do Lourenço preocupa ambietalistas no Pará — Foto: TV Liberal Reprodução

    De acordo com Nery, o custo da retirada não deve entrar no cálculo da concessão, uma vez que as despesas altas poderiam virar tarifa para os usuários da hidrovia.

    A previsão é que o Ibama emita uma licença permitindo o início das obras até o final de outubro. O derrocamento seria iniciado em 2025, com duração de cerca de dois anos.

    “O estudo da concessão está começando agora, a obra do derrocamento começa ano que vem e fecha as coisas lá. Quando a obra estiver ou encerrada ou bem encaminhada, é quando o concessionário vai estar entrando”, explicou Antunes.

    21 agosto 2024
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